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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Sabor da História - Locomotiva Mariazinha



Para quem vê a “Mariazinha” majestosa no jardim, exibindo sua beleza aos transeuntes, não imagina que ela quase virou SUCATA!  Isso mesmo, sucata. Graças a persistência do senhor Carlos Miranda (73), temos o prazer de conhecer essa peça.
A história do trenzinho é bem antiga, para conhecer temos que voltar um pouco no tempo, registros apontam que ela pertencia a um parque de diversões e após uma interdição judicial acabou por deixar vários brinquedos abandonados, é onde nosso salvador – Sr. Carlos entra, isso em 2007 quando foi residir próximo ao parque desativado e depara-se com a máquina, foi amor logo de primeira, procurou descobrir
 O Parque de Diversões Alvorada foi inaugurado 
 em 1961,nos fundos do Passeio Público. Em 
 1980 parte dos brinquedos é transferido para um
 espaço no parque Barigui.
 Em 2005 a Comissão de Segurança de Edificações
 e Imóveis, apontam irregularidades na manutenção
 das atrações.O parque é interditado algumas vezes.
 2007 o Alvorada é fechado por determinação
 da Justiça.
quem era o proprietário do trenzinho, mas nada conseguiu. O tempo passou e em uma viagem para fora do país, visitou uma exposição de maquinários agrícolas antigos a céu aberto, comentando com sua esposa, expôs que aquele trenzinho abandonado seria uma linda peça em exposição, dando de dez nas máquinas agrícolas. De volta ao Brasil, estava disposto a comprar a máquina e restaurar, o tempo havia castigado o pequeno trem, sem contar ação de vândalos.
Ao chegar ao parque infelizmente não encontrou mais nada e novamente se viu em uma situação ruim, ficou muito desapontado e continuou outros projetos, que o fez visitar vários ferros velhos e em uma visita atrás de peças foi que reencontrou a locomotiva.
Conversando com os responsáveis pelo ferro velho, não conseguiu nenhuma informação de venda, percebeu que na verdade o que eles queriam era ganhar tempo para avaliar a peça e conseguir uma venda com maior lucro. Sendo assim seu Miranda começou a visitar o comércio sempre que podia, chegou ao ponto de tirar as medidas do trem, propenso a contratar um serralheiro para construir sua própria réplica, certo da dificuldade que seria, principalmente as rodas raiadas. Já irritado com o dono do comércio e com medo de perder a peça, resolveu fazer uma pressão, para seu espanto funcionou, mencionaram o valor de R$ 2,5 mil, e para não perder a compra o negócio foi fechado na hora.
Nesse encontro e desencontro, de vai e vem no ferro velho, passaram –se 3 anos. Daí adiante a luta foi para restaurar a Mariazinha, precisou de muita pesquisa e estudo, dedicados ao restauro que levou mais 2 anos, sempre com muito entusiasmo. Adaptações foram necessárias, o trenzinho era motivo com motor diesel, sua caldeira estava representada apenas por meio tubo. Várias mudanças foram executadas, sempre buscando manter e dar características fiéis de uma locomotiva a vapor.
O senhor Carlos acredita que quem construiu ou projetou a Mariazinha procurou fazer uma réplica da locomotiva modelo Willian Baldwin 1852, ele sabe que tem uma em funcionamento em Rio Negrinho SC.
Foi por causa da teimosia, trabalho e a paixão de Carlos Miranda, que podemos contemplar essa linda peça, tornando o caminho de quem passa em frente a sua residência mais belo e proporcionando a possibilidade de imaginar qual é a história existente por trás dessa locomotiva, muitas são as opiniões.
Agora a história da Mariazinha está disponível para todos conhecerem, difundindo a história das gigantes de aço, lembranças de encontros, de despedidas, histórias de amor que ajuda a manter aceso fogo da vida.


 Localização: Rua Coronel João Guilherme Guimarães, 788 - Curitiba - Paraná                                              

Sr. Carlos Miranda, natural de Passo Fundo –RGS, residente de Curitiba. É Plastimodelista e presidente do IPMS – Curitiba. Apaixonado por meios de transporte, desde de criança sua maior paixão são os aviões, sonhava ser piloto militar.

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