Para quem vê a “Mariazinha” majestosa no jardim,
exibindo sua beleza aos transeuntes, não imagina que ela quase virou SUCATA! Isso mesmo, sucata. Graças a persistência do senhor Carlos Miranda (73), temos o prazer de conhecer essa peça.
A história do trenzinho
é bem antiga, para conhecer temos que voltar um pouco no tempo, registros
apontam que ela pertencia a um parque de diversões e após uma interdição
judicial acabou por deixar vários brinquedos abandonados, é onde nosso salvador
– Sr. Carlos entra, isso em 2007 quando foi residir próximo ao parque
desativado e depara-se com a máquina, foi amor logo de primeira, procurou descobrir
Ao chegar ao parque infelizmente não encontrou mais
nada e novamente se viu em uma situação ruim, ficou muito desapontado e
continuou outros projetos, que o fez visitar vários ferros velhos e em uma
visita atrás de peças foi que reencontrou a locomotiva.
Conversando com os responsáveis pelo ferro velho,
não conseguiu nenhuma informação de venda, percebeu que na verdade o que eles
queriam era ganhar tempo para avaliar a peça e conseguir uma venda com maior
lucro. Sendo assim seu Miranda começou a visitar o comércio sempre que podia,
chegou ao ponto de tirar as medidas do trem, propenso a contratar um
serralheiro para construir sua própria réplica, certo da dificuldade que seria,
principalmente as rodas raiadas. Já irritado com o dono do comércio e com medo
de perder a peça, resolveu fazer uma pressão, para seu espanto funcionou,
mencionaram o valor de R$ 2,5 mil, e para não perder a compra o negócio foi
fechado na hora.
Nesse encontro e desencontro, de vai e vem no ferro
velho, passaram –se 3 anos. Daí adiante a luta foi para restaurar a Mariazinha,
precisou de muita pesquisa e estudo, dedicados ao restauro que levou mais 2
anos, sempre com muito entusiasmo. Adaptações foram necessárias, o trenzinho era
motivo com motor diesel, sua caldeira estava representada apenas por meio tubo.
Várias mudanças foram executadas, sempre buscando manter e dar características
fiéis de uma locomotiva a vapor.
O senhor Carlos acredita que quem construiu ou
projetou a Mariazinha procurou fazer uma réplica da locomotiva modelo Willian Baldwin
1852, ele sabe que tem uma em funcionamento em Rio Negrinho SC.
Foi por causa da teimosia, trabalho e a paixão de
Carlos Miranda, que podemos contemplar essa linda peça, tornando o caminho de
quem passa em frente a sua residência mais belo e proporcionando a
possibilidade de imaginar qual é a história existente por trás dessa
locomotiva, muitas são as opiniões.
Agora a história da Mariazinha está disponível para
todos conhecerem, difundindo a história das gigantes de aço, lembranças de
encontros, de despedidas, histórias de amor que ajuda a manter aceso fogo da
vida.
Localização: Rua Coronel João Guilherme Guimarães, 788 - Curitiba - Paraná
Sr. Carlos Miranda, natural de Passo Fundo –RGS,
residente de Curitiba. É Plastimodelista e presidente do IPMS – Curitiba.
Apaixonado por meios de transporte, desde de criança sua maior paixão são os
aviões, sonhava ser piloto militar.
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